Quem não se inventa não existe.

A RESPOSTA PARA TUDO…

Deus?

É uma hipótese e como tal, continua uma pergunta, uma opção do bem.

O ser?

É algo oculto por detrás dos nossos próprios olhos, algo pelo qual procuramos, ora se não vimos esse ser, então também não é resposta, é pergunta, e mesmo que o encontremos, será uma sucessão de perguntas, é o que somos.

A alma?

É um corpo invisível no ar que não se toca, é um vulto ao vento que não se vê, algo assim também nada responde, é mais um motivo para perguntas, é o que vamos ser.

A morte?

Até prova do contrário é um fim, e o que vai para lá desse fim, é um sol encoberto de perguntas, o que será.

A imortalidade?

É a maior das perguntas, ela existe mas não é para nós.

O silêncio?

É o que é.

A vida?

Essa é quem molda os caracteres com que carimbamos todas as perguntas, é um berço de emoções num arco-íris de prazer e dor.

O diabo?

Não é mais do que uma forte dor de dentes no nosso medo, uma besta esfaqueada à força na nossa mente, como quem nos fura os pneus da perversidade, só para apenas nos perguntarmos se fazemos ou não o mal, escolher entre o poder e o castigo, é uma escolha.

A razão?

É uma consagração de evidência, que quando descoberta é uma agulha que nos escapa por entre os dedos e cai num monte de palha, toda essa palha são porquês, o porquê é uma pergunta, é o itinerário para novos porquês.

O infinito?

É o imaginário, o parente mais próximo da resposta para tudo, também este é o que é de perguntas, daria uma boa resposta se essa viagem fosse palpável.

A resposta?

A resposta para tudo é uma pergunta de nada: porquê?

Resumindo, andarmos atrás das respostas é uma caminhada em vão, é deixar metade de nós a deslizar na lama, ficando assim o corpo preso numa almofada comodista, e a alma a deambular pelos ses e mas de cada resposta.

Concluindo, a resposta é alcançar o porquê que se segue, mas sem que nos cegue, pois sem ver o porque do porquê, chegamos ao último nível, a loucura.

A loucura?

Talvez esta seja a tão desejada resposta para tudo, mas como não sou tão louco como os loucos, continuo sem saber a resposta.

Concluindo-indo-indo-indo, a resposta para tudo…

…é tudo.

Mas como o tudo não existe, porque se descobre sempre algo novo, continuo sem resposta.

Mais uma vez o porque que vem do porquê.

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