Quem não se inventa não existe.

ARAGEM FERIDA

Na ausência
de quem amo
sou aragem ferida,
sombra perdida na noite
por entre o luar esquecido
na rudeza das pedras hipnotizadas,
pelos vultos de saudade madrugada fora.

A voz
que ouço,
é o sopro melancólico
do vento que ergue triste
dunas de solidão gritante
no áspero dos meus lençóis.

Choro
o calor de quem está longe
dos meus lábios trémulos em ansiedade.

Fecho
os olhos para ver a luz
do meu amor na memória
dos sentidos onde a vejo em tons
de paixão nas palmas das minhas mãos.

Estrelas
luzem vénias
sobre o vazio
a meu lado ocupado
por peso bruto de silêncio.

Meu peito
questiona a penumbra,
por onde andas tu oculta
numa vela sem labareda
no vácuo do meu corpo só?

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