Bonança…
Sou discípulo do pensamento
que em mim fala hipnopatia
de um personagem quase só,
nesta ilha de enredos psíquicos
na escola do olhar o além
do que a vista não alcança.
A vida é também o indizível
que se arrecada bulbiforme
em estantes estrambólicas
nas mil e uma faces teóricas
que fervilham em cada instante.
Sou escritor de filosofias
que revelam deuses psicoterapeutas
na anímica do caminho siso,
para lançar sementes maturas
de onde brotarão as palavras veras
na vingança da morte.
Não tenho medo de ler em mim
a extravagância que receio prisão,
onde a utopia me faz companhia
nesta cela legada num romance psicanalítico
através da invisibilidade vista
pelo olho interior em forma de instinto.
Revelo a origem dos demónios
num cárcere de hipóteses vagas
que erro lúcido em gesto de letras,
atordoadas por ecos de razão atenuante
que me sequestra lágrimas adúlteras
que não quero chorar.
Rendo-me ao marfim do tempo desabado
no misto ser dos meus pedaços extensos,
divididos entre o âmago consciente
das reflexões que o exterior me concebe.
…Tempestades.
Data | 24-10-2010 |
De | Ana |
Assunto | Bonança |
Nas horas felizes, partilha com ele teus sorrisos, nas horas de solidão, vai, levanta-te e procura, onde quer que ele esteja.
Ele não é senão parte de ti, assim como tu és parte dele.
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Data | 24-10-2010 |
De | Ana Coelho |
Assunto | Bonança |
é sempre bom ler-te
Da bonança à tempestade uma divagação de pensamentos.
Beijos