Se sou eu que me digo
Apenas eu não me ouço
Sou o meu próprio castigo
A chave do meu calabouço
Já não me vejo nem sinto
E de longe me avisto
Um lobo faminto
Do medo que não dispo
Toco o meu toque
Numa sensação apagada
Procurando o meu choque
Para avançar do nada
Sou violento para mim
Sou orelha que me entenda
Vou servir-me do fim
Para começar a emenda