Vou despir
o sabor dos meus lábios
sobre a virgindade dos teus seios.
Pairo
na vaga de arrepios
da tua pele perfumada,
pela frescura fina das rosas
que trazes nos jardins dentro de ti.
O pensamento
das minhas mãos
flutua leve no calor
dos teus contornos sensuais.
Sigo
a efervescência
da musica do teu ventre,
colonizado pelos desejos
humedecidos no leito audaz
da tua sensualidade em mim.
Colho
flores da tua voz,
afinada com a orquestra
da minha alma cantada por ti.
És poesia
na prosa da melodia
que palpita no meu ego.
Todo eu
sou água cristalina,
jorro da fonte iluminada
no teu olhar que reflecte
o luar que bebe na tua boca.
Dançam
marés no teu sorriso,
és a pureza do meu juízo.
És oásis, és mulher.