Quem não se inventa não existe.

GESTOS DE BELEZA

Pouso a mão no horizonte
Sombreando o rosto de saudade
Olhando a distancia sem ponte
Sobre a passadeira da idade

Solto um suspiro além cumes
Das montanhas que me sufocam
E recebo em mim os perfumes
Das dificuldades que evocam

De braço dado com o vento
Persigo um ar de paz
E solto a voz do descontento
Cúmplice do que sou capaz

Deixo-me levar pela natureza
Como um menino ao colo
Bebendo gestos de beleza
Partilhados por todo meu solo

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