Respeito a minha privacidade de louco
Internando-me num hospício paradisíaco
Reabilitando as cores dos meus princípios
Adoptando dietas de mal dizer preconceitos
Surpreendendo os limites da higiene mental
Consumindo a vantagem de ser apenas louco
Demonstrando lucidez nos absurdos próprios
De quem brinda a razão dos disparates
Satirizando em desabafos o passado perturbante
O saber rir de mim próprio sem limites
Estagnando o perfume da verdade presente
A etiqueta do tempo desencadeia dúvidas
Que se declaram mandatárias de fracassos
Numa vingança violenta de equilíbrio
Que tantas vezes esconde o que somos
Previsíveis de qualquer culto sem vergonha
Embarcados para rumos de discórdia
Um verdadeiro repositório de preceitos
Tão subtil quão o passeio do sol
Em mistérios sem sombra de duvida
Sobre a evidência que penetra a mente