Quem não se inventa não existe.

HIPOCONDRÍACO

Hipocondríaco.

A voz do eterno
é o ver a margem da poesia
que abriga o juízo do não ver
as troglodices que o ódio espirra
da alma insipidamente.

Orbe de pesadelos.

Constante forrobodó
esta maníaca vocalidade do corpo nu,
orquestrando rótulos de desejo condizente
com rumos inbússolos.

Enfoque sátiro.

Surge o querer
a patamares de busca
de algo maior que não acontece ida
aventurada numa bofetada sirene de ambição.

Solidão total.

Estética
insinuada por amor em prosa,
todavia obcecado por arrabaldes
de realismo monocórdico numa ironia
de ciúme que descende de ilações conflituais.

Silêncio metafísico.

Resgato-me
do esquecimento
que me empurra sombrio
ao profundo da luz expurgada
na bizarra visão de valência maior
que me enclaustra apetite desnutrido.

Fissura depressiva.

Delírio proverbial
num terramoto de água fria
que me aborta dos dias histéricos,
abrangendo os limites do ridículo.

Barafusto.

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