Quem não se inventa não existe.

JEJUM DE EXISTIRES

Sigo o meu curso pela ribeira da vida
empenhado como uma onda liberta pela paixão,
que nada na corrente da tua alma.

Desfaço-me de todos os fins para ser livre
de escolher o infinito do meu fim,
rasgado na perfeição do teu sorriso
que toma a posse do meu ser.

Renasço homem no desejo de ti mulher,
o sonho inquieto no jejum de existires
agora é um sono tranquilo estendido pelas noites.

Encontrar-te foi um testemunho de aventura,
que é o cume de uma ponte
onde nossas margens se tocam,
foi uma prova de prazer que nos faz passar
passo a passo pela fissura que nos conduz
ao encontro da felicidade.

Tem sido um cristal de conhecimento
na escuta da pureza que detém o amor,
um néctar da imortalidade do brilho
dos nossos abraços derretidos no silêncio,
de uma cor chave das portas do pensamento,
que torna forte o meu devorar o imaginário
na direcção dos teus passos.

Elevas-me de cabeça alta em todos os meus actos
no volume dos teus sentidos,
na face sensível de um sopro que sustém
o meu olhar transparente.

Sem excesso,
o teu exterior acende a respiração
das tentações que libertam a natureza,
que alimenta o meu corpo.

O meu olhar faz ninho no teu interior,
experimentando o calor dos teus gestos
que falam doces o verbo da tua majestade,
construindo a virtude das palavras
onde habita a tua verdade.

A verdade que iguala
o império das minhas defesas
para existir.

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