Quem não se inventa não existe.

MAR INTERIOR

Sou homem intensamente poético,
exalo o meu espírito de amante
na orla de uma paixão sem corpo,
num sabor de tinta ausente
com que escrevo o meu papel.

Folheado pelo vento
da minha certeza tímida
na oportunidade de mil vidas,
em busca de amar pela ribalta
dos bastidores de uma alma gémea,
em desencontro com a minha caligrafia.

Sou ensolarado por desejos
que atiçam visivelmente a fogueira
que me veste de sentimentos verdadeiros.

Situados
num berço de ansiedade
na floresta do céu nocturno
que me embala o rosto vazio.

Cavalgo
sobre o meu mar interior
em mantos de nuvens que constroem
templos de rocha nua no meu sonho,
encontrado cara a cara num santuário
de amor.

Trago no coração
escritos de uma segunda visão,
que é uma outra versão de emoções
escutadas nas fábulas que calçam
as minhas mãos de distância
até à mulher que desconheço,
e que permanece na sentença do destino
que caminha nas legendas do meu tempo
caçado por uma espera solitária
que fadiga o meu olhar

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