Quem não se inventa não existe.

MEIA DÚZIA DE ETERNIDADE

Mastodôntico vácuo
de enganos zangados me engole
aragem ruída no cristal baço de uma bengala.

Náufragos pedregulhos do Eu.

Aluviões falsos
conquistam o poder do fogo
em jangadas emocionalmente banais.

Desleais jardins em pose de ardósia murcha.

Hipotética adrenalina suja,
cuja matriz são ruas submersíveis
em baptismos absurdos de rimas pudicas.

Baralhada mente perversa em pressa capicua.

Deturpante cadeira coxa,
insinuante concertina inócua
em reflexões boémias no fundo de um copo.

Improvisado corpo onde transpira a alma.

Luvas de um calha por calhar
em dedos vulneráveis sem dedal
na ponta das agulhas do destino repentista.

Futurológico suicídio.

Estrelas expulsas
da desvaidade apregoam
o silêncio no patamar do infinito
que roça nas mãos de um velhinho.

Medíocre sentido aos empurrões.

Massificados dolos
de ombros tolos em escolhas
que sucedem perguntas perfeitas.

Vergonha triturada por arrependimento.

Momento
de caminhadas longas,
ninhadas de cansaço encaixotado
na língua de uma bússola sósia do vazio.

Corrupios altruístas.

Esplanadas de caras feias
interessam ao vento soprano da consciência.

Enfarpelados ramos de fúria.

Degradada peruca
de estradas remotas hasteiam
resinas de realidade que ninguém consome.

Meia dúzia de eternidade.

Comentários

Não foram encontrados comentários.
 

© 2010 Todos os direitos reservados.

Crie o seu site grátis Webnode