Quem não se inventa não existe.

NOSTALGIA

Chega-me uma nostalgia tão natural
Filtrada pela bruma densa da folhagem
De uma floresta de fantasias ardentes
Ainda por temperar na minha pele
Consagro longos pensamentos carnudos
Que são cactos na selva dos meus desejos
Apresentando-se a noite deserta e desabrigada
Decomposta e cerrada de urtigas acutilantes
Na sombra armazeno desejos suculentos
Emitindo reflexos ofuscantes que esvoaçam
A luz alada da lua rastejando até meus ossos
Extraindo veneno de uma excitação inexplicável
Entrelaçando-me entre o soro do fogo
Onde escorre um dilúvio rochoso de tesão
Pelas minhas entranhas de macho viril
Evocando uma árida forma de estar
Por aqui, ali e alem nas raízes da vida

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