Na falta de afecto
Não me quero perder enrolado
Na fidelidade do meu aspecto
Nem esmorecer fechado
Observo em cada acordar
De como as noites são desertas
As madrugadas são apenas sonhar
Ao romper do sol abertas
Durante noites inteiras
Bailam em águas sujas
E apresentam-se foleiras
Nos cânticos das corujas
Ofereço-me para um novo dia
Sobre uma tela transparente
Pintado de alma fria
Noutro ritual de ser gente