Destravo sem fingir sentimentos sinónimos
de confissões quentes de poeta,
nos tons suaves da minha voz com palavras
românticas de poemas virgens,
um abuso fiel do ser que sou no profundo
de quem quero ser.
Abalo o silêncio que me oculta
por de trás da minha muralha de homem
que cavalheiro ouso falar,
na ribalta poética de sensações
que desenganam a minha loucura
inundada pelo elogio à beleza,
que um corpo feminino
expõe aos meus instintos que devoram
intimamente o volume da tentação
hospedada no olhar de uma mulher
bela.
Aventuro-me nas ondas do seu cabelo
cúmplice do sol radiando sensualidade
libertina,
surpreendendo o fruto proibido
dos meus desejos tomados de cio.
Embarco na subtileza das suas mãos,
que se passeiam em harmonia
com o que o meu corpo quer
e rumo sem absurdo ao seu colo
numa massagem intensa de glamour...