A falta de amar
é erosão dos sentimentos
sepultando a alegria do meu ser num bosque
pantanoso
Floresta de gumes insólitos
por onde deslizo mártir
sobre uma cama de espinhos cravados na mente
tornando-a forro de batalhas que sangram trevas
do meu ego prisioneiro de uma escarpa
fundeada em ódio
No meu olhar cuspido por demónios
num banquete aos melhores momentos
morte
Solidão envenena o silêncio que engulo a seco
Sequioso
de ser gente deambulo morto-vivo tonto
por entrelinhas rastejantes na lama
lágrimas
Choradas para o interior já afogado no terror
vazio
Fogueira onde ardem sombras de um coração
esculpido na pedra de um caos desesperante
dor
Sobre serpentes no peso dos meus pés
respiro memórias pousadas na agonia
Minhas mãos jazem num cemitério de confissões
do amor ao vento da minha luz poeta
sem ti