Quem não se inventa não existe.

RUBRICA DE SAUDADE

O sol quente beija-me a face
esperando por ti nos sentimentos
que contigo estão na distância deixando-me só.

Rubricado de saudade
prendo-me num colete-de-forças no vazio,
moldado por uma ausência que paira no meu peito.

Respiro o ar poluído
pelo longe que nos separa
no pensamento ao cair de uma lágrima,
na lembrança de ti neste eco escuro de solidão.

Tudo que me resta
para te sentir omnipresente,
é sorrir para uma foto tua que não responde
ao meu tocar o silêncio dos teus olhos nessa foto.

Nos lábios
apenas sinto o frio
da tua ausência na minha pele.

Vivo-te num sonho
que me traz brevemente esquecido,
da dor que me acompanha para uma paisagem
de recordações de felicidade que levaste contigo.

A saudade
é um adjectivo da alma de quem ama,
fazendo da distância uma adopção de certezas,
um teste à firmeza corada de medos e chamamento,
um regresso noite após noite ao teu lugar por ocupar.

O meu vazio
está ainda perfumado
por momentos a dois passados
em dias românticos com paixão e amor,
momentos que recordo suspirando pela tua presença
neste calor de desejo remetido ao silêncio interrompido
pela verdade de ser homem que te ama e que por ti espera.

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