Precedo o meu fôlego
no silêncio que impera
no meu sangue agitado.
Impeço-me
de trair os olhos fixos no nada
que escapa reles ao meu olhar frio.
Saboreio a emoção brusca
no mais ignóbil dos sentimentos
por onde se arrasta um fraco receio.
Acolho o meu ser
nas vénias que faço
à descoberta da vida
diante da Lua contrastada
com o meu sorriso empolgante.
Dissipo-me
num sonho inspirado
pela exactidão de uma sensação
que me eleva a alma em segurança.
Estudo-me
na tristeza confusa
para insuspeitar o meu dom
perante visões estupefactas,
vindas do universo que atinge
os meus ombros encorajados de alegria
que se expande na aurora do meu íntimo.