Quem não se inventa não existe.

SOL-PÔR À BEIRA-MAR

Descobrir o amor

foi um sol-pôr à beira-mar.

 

Foi uma amnésia

do tempo que me quis lembrar

de tudo quanto é maravilhoso.

 

Foi a divagação

do espaço na minha felicidade.

 

Tudo quanto existia

era aquela flor lindíssima no rosto dela.

 

Raptou

toda a minha respiração

pelo perfume do seu corpo.

 

Ela era um templo de sol.

 

Era um castelo de utopias,

ali tão reais e tão perto de as poder tocar.

 

Por instantes,

senti o verdadeiro olhar

de alguém nos meus olhos.

 

Não era um alguém qualquer.

 

Era uma lua,

inexplicavelmente cheia de luares

que afirmavam ser a musa encontrada.

 

Nela reluziam feitiços

que ergueram todas as ruínas do meu ser.

 

Tudo quanto era pó,

se transformou num oceano

de marés apaixonadas.

 

Por mim adentro,

aquele rosto eram ondas de amor

onde naveguei reencarnado de todos os passados.

 

Foram ondas

que alagaram de calor perpétuo,

num caminho de estrelas cintilantes

por onde me senti guerreiro das eras.

 

Todas

as palavras caladas em mim,

despiram-se da noite que as silenciava

envolta daquele sorriso de tanta luz.

 

Desde que ela sorriu,

senti-me renascer para vida.

 

Insónias adormeceram ao sonhar com ela.

 

Sombras ficaram reféns da sua simpatia.

 

Poemas ganharam corpo

de sol nascente naquela pele macia e doce.

 

Minhas mãos,

passaram a ter alma

nos contornos do seu reino feminino.

 

Passou a ser só ela,

a quem a minha boca declama.

 

Passou a ser somente a ela,

a quem os meus lábios querem beijar.

 

Consegui chegar a homem,

estava ali a mulher dos meus sonhos.

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