Quem não se inventa não existe.

À BEIRA DO PERDÃO

Desilusão!

Procuro-me
pelo meu lado de fora,
habitado em gotas secas de más-línguas.

Má hora essa!

Ora oro, ora choro…

Assolo os pulmões com poesia.

Heresia!

Tento sacudir-me,
das leituras bruscas que me faço
nos meus pensamentos em horas de realidade.

Mundanidade!

Faço-me chegar tarde
ao meu tempo que arde numa dentada doida.

Doída!

Sopro
cutículas de poeira
que range nos meus sonhos.

À beira do perdão!

Largo-me eco fora sem medo.

Tormenta!

Poeta me alojo
no bolso dos meus instintos,
atordoados no meu lado perdido.

Carpido nos achados
do meu prazo sem pressas.

Eminência lenta.

Saracoteio!

Atalho
o mais fundo de mim.

Arreio
de promessas pendidas
em redundantes reminiscências.

Ato a voz à razão.

Não!

Insuperável
bálsamo da mente
me esfola a cadência do relógio.

De momentos me faço ao caminho.

Solípede sozinho!

Com um só poema em cada mão.

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