A mulher é uma floresta
de encantar os verdadeiros cavalheiros.
Ela tem verdura quando a elogiamos
com um piropo elegantemente sério,
para que não polua a sua vaidade feminina.
É um tesouro que nos tem de ser único.
Toda ela é um ventre da vida.
É uma flora tão especial que para inalar
os seus perfumes de paixão primaveril,
temos de o merecer com saber ser homem.
É uma flor de raiz singela
que no seu olhar revela o quanto água fresca
temos de ser para saciar a sua sede de amor.
É uma floresta densa que em nós dança desejo.
Temos de ser galanteadores sinceros
como um arco-íris de cores carinhosas
em tons de calma murmurante na sua alma.
Temos de lhes falar
como se fossemos uma borboleta
por entre a folhagem dos seus segredos divinos.
É uma árvore que ama quem a ama,
quem só a ela chama diamante em eco infinito.
Por entre os seus cumes temos de ser vento,
soprando ao de leve as suas sementes
em voz de quem sabe o que diz
pelas suas sombras de amante feliz.
Quando entristecemos
os seus ramos de confiança ao Céu
com pragas de egoísmo masculino,
suas folhas secam e ficamos aragem perdida
pelo seu bosque de espinhos.
Um ser que dá fruto não é um ser qualquer.
É ser de luz e mais do que luz,
é o seio da existência.
Data | 24-10-2010 |
De | Dulce Gonçalves |
Assunto | O poeta é um galanteador |
Como um sussuro, um segredo, este poema seduz e enaltece a mulher. És um autentico galanteador. Obrigada poeta.