Quem não se inventa não existe.

10-10-10

Antolhos lunares,

lugares de ordem celeste,

agreste ravina na sina do calendário.

 

O fim continua escrito sem ser lido.

 

Horas calvário,

oráculos de mil facetas,

crisopeia gadachim torna o homem filógino.

 

O fragor é atraído pelo seu contrário.

 

Psicoterapias acrónimas,

resiliências de toda a criação,

flutuâncias broxantes causam catatonia.

 

Mas a tela continua por pintar.

 

Prolixos dicionários,

bordados na alma exortação religiosa,

fundada num ponto do Evangelho que nos assuste.

 

A homília ridícula do medo.

 

Intrínseca mitologia,

filosofias num cântaro cheio de trama,

hiper-afectuosidades dependentes de quem ama.

 

Longínquo vai o éden de Adão e Eva.

 

Ramos bifurcados,

atipicidades oram da lua

o tempo incerto que à vida pertencemos.

 

Olhares anacoretas salvam-se no solipsismo.

 

Eras vão nos dias vindouros,

pináculos alvinitentes inatingíveis,

vulcões calões expelem o nosso estereótipo.

 

Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose.

Comentários

Data 11-10-2010
De Odete Ferreira
Assunto 10-10

Surrealismo (quase) puro! :)

 

© 2010 Todos os direitos reservados.

Crie o seu site grátisWebnode