Quem não se inventa não existe.

ALMA PRESA ÀS LASCAS DO SILÊNCIO

Relógio ladrão,

alçapão de lumes em pânico.

 

Unhas encapuzadas

de posses desapertadas do cinto do rosto.

 

Rugas

são quietudes desalojadas

que oram serões afogados

em campainhas trincadas por mudez.

 

Nudez nua,

carbonizada por explosões de medo.

 

A dor traz pensar saídas

através de muralhas de trovões.

 

Ao corpo clamam baldes de água de fria.

 

Palavras

de brecha aberta,

blindadas por incerta mentira.

 

Alma presa às lascas do silêncio.

 

Rajadas

suspiram peões

largados por baraços

de lágrimas no horizonte.

 

Sentido parco,

aparcado saudade

quebrada de vento soprado gelo.

 

Corrumpidamente voz,

remetida ao erro dos olhos.

 

Correr túneis de ecos

onde nadas instam o sono

que rompe a equidade das mãos.

 

Nãos esbarram

nas traseiras da mente

ao chegar indiferente à ausência.

 

Amarras suicidas.

 

Medidas de consterno

arrombam bocas perdidas

em gente que sente o trauma das vozes.

 

Lábios

escancarados

em intenções acidentadas,

incendeiam gramas de ódio

que varre o chão com ardência de chagas.

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