Caio escuso,
acantonado ao escuro confuso,
puro fado desarmado.
Chorado teor em desamor, dor.
Encerrado silêncio
sem poupar ódio ao prejuízo do corpo.
Viola-me a carne
madrugadas vazias,
utopias de sementes inférteis.
Anteontenlogia.
Estragado sorriso,
estagnado juízo à queima-roupa
por noites bebidas
em chávenas de solidão venenosa.
Pegajosa morte,
sorte moribunda, imunda.
Receios aleatórios,
recuo sucata cobarde.
Dos dias
consumo o sono
que arde plantado no portefólio
da voz em rouquidão carente.
Sofro claustrofóbico,
dissuado-me mártir
de um mapa astrológico,
ilógico fogo me iliba do pecado.
Coito interrompido,
penas de amor cuspido, traído.
Insípido beijo de trapos rotos,
paixão num caixão de arrotos frios.
Arritmia amarga me larga no nada,
deteora-me a alma, desaçaima a tristeza,
desacalma.
Aborto a esperança
escaldada em neuro-lágrimas.
Retórico perdão em coro nebuloso,
violento vento de culpa culta, infiel.
Afago,
nas palmas das mãos
tenho as feridas punidas
pelo aval do passado
para seguir em frente, ausente.
Esperam-me as chagas do amanhã.
Temo o mim fraco, opaco.
Descontente sou inapto, frágil.