Quem não se inventa não existe.

AO ENTRAR EM TI TUDO É IMAGINÁRIO

Sinto-me a detalhar contornos

de pérolas singelas ao tirar-te a roupa.

 

Admiro todos os fogos

dos teus pedaços calientes

como fogueiras em volta do horizonte

me indicassem o infinito feroz de amar-te.

 

Lapido diamantes

ao acariciar teu corpo nu

com minhas mãos transformadas em borboletas.

 

Reinvento o sol

ao adorar a perfeição dos teus seios,

tão belos que tudo quanto sinto em mim é cetim.

 

Quando abres as pernas,

toda a voz das flores chama

o meu nome de luz e prazer.

 

Todo o seu perfume

me faz levitar poeticamente

sobre tudo quanto é imaginário ao entrar em ti.

 

Quando minha língua

encontra o teu calor de mulher,

voo sobre poesia e canela esquecido de tudo.

 

O silêncio

é o teu sublime sabor

em delírios que pausam o tempo.

 

O chão deixa de existir.

 

Subtilmente,

sinto-me dentro de ti inspirado

pela melodia dos teus gemidos melosos.

 

Sabe-me tão bem sentir

os teus arrepios de loucura

que até o meu reflexo desaparece do espelho.

 

Sinto-te quente

na fervura do meu sangue,

exposto na cor de rosas viris

nos meus olhos envernizados de paixão.

 

Somos um barco

que balança louco num mar

encrespado por prazer incalculável.

 

Nossos sexos

namoram-se perdidos

numa ilha deserta onde só o verso amar

semeia ventos num beijo de amor abundante.  

 

Nosso amar

é uma volúpia de fantasias reais

que nos entrega ao pecado das almas

onde chove selvagem o teu corpo sobre o meu.

 

Enlouqueces-me

selva incompreensível com teu desejo

fluído no teu olhar-me fogosa gula de mim.  

Comentários

Data 24-10-2010
De Ana Bárbara
Assunto muito...

como sempre muito bom....é um prazer degustar essas pequeninas letras...

 

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