Quem não se inventa não existe.

AUTÓPSIA

Narro autópsias melindrosas.

Desamarro profecias
dos corredores do silêncio constrangido.

Falas perdidas em sombras quebradas.

Desmioladas premonições alquimistas.

Artistas traseiras às cegas,
unem os meandros de dúvidas altaneiras.

Rameiras alvo em clímax papalvo.

Indizíveis rastos
de caravanas estáticas
em sensação de vazio ribalta.

Teatro de espera emendada.

Entulho larvas,
esbulho palavras comedidas,
comidas em alta pluviosidade
de asteriscos bebés que se escoam
sereias avulsas nos símbolos do mar.

Lírico viver caracol nas dosagens do sol.

Decrépitas curvas,
atléticas cinzas sofismam
a itinerância de cada letra musa.

Estranho suposto,
agnóstico gozo exposto
no sofá das quezílias cépticas
nos soslaios olhos das pessoas.

Desodorizo o odor réptil da alma.

Grafo soluções
esquecidas em gorjetas
de seios fartos de demora carrancuda
no bê-á-bá do instinto, absinto destino.

Virgulas escaravelho.

Tenazes pontos finais,
lufáveis archotes mestram
poesias boato-insólitas caídas,
iludidas a pique no obituário dos erros.

Solteiros sopros.

Cama bandida
de carraças doidas,
comichões rabugentas
de quem amealha as margens do ser.

Aspas cafeína.

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