Quem não se inventa não existe.

BESTA DO DESTINO

Sou pedra atirada à besta do destino
Rasgando o fogo que queima a desgraça
Nas mãos ensanguentadas do tempo assassino
A vida é um tanto me faz que disfarça

O desespero sobre vidros partidos
De alma descalça ao léu entre os espinhos
Dos desejos que são lençóis de amores perdidos
E vestido de arame farpado sigo os caminhos

De lama apodrecidos de desgostos
E cheiro o odor das folhas que me escondem
E enterram os sonhos que chora o rosto
Neste portanto de querer ser homem

Cravaram-me as garras da má sorte
Deflagrando-me no peito um grito estridente
Que me racha a vida a meio de morte
E a solidão desfaz-me em pedaços de gente

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