Quem não se inventa não existe.

CAIXÃO

Tudo o que era belo
é um espinho cravado
nos meus olhos,
são lágrimas tumultuosas,
serpentes pegajosas,
febre que maltrata
as minhas reacções racionais.

As minhas visões
são vozes cegas,
são o forro de um caixão,
rendado de esperança rota.

O meu caminho é escuro,
é uma avenida de agonia,
é poesia fria,
escrita por espectros
que choram no luto do meu sorrir.

O meu pecado é perdoar-me,
já não sei quem sou,
não inocento as sombras
lapidadas nas minhas mãos.

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