Noite dentro vou rua fora
numa dormente insónia apaixonado.
Inglória
solidão a meu lado
vazio em voz de nada que fala por falar.
Desanimado
a esperança sobe ao fundo
do zero profundo em mim caído.
Visto a alma despido de ilusões,
sensações azaradas na sorte das emoções.
Sinto nos nadas
o calor do gelo da morte viva.
Acordo desacordo
com o saldo da vida escrita muda.
Sou luz desnuda
que apalavra gestos de mil cores
que se fazem sentir liberdade de amar.
Como é bom amar.
Data | 20-10-2010 |
De | Dulce Gonçalves |
Assunto | Sim...é bom |
Como é bom sentir ratos e borboletas na barriga! Mais um belo poema, mas que é preciso ler e reler para descodificar. Parabéns poeta.