Entre a distância longínqua
que extingue a razão que me opõe à realidade,
lanço-me borda fora para além dos sonhos,
levando o som original das palavras sábias
por todos os infinitos,
sem que perca os limites
para conhecer a verdade do espaço,
que ganho passo a passo ocupado de liberdade,
para sussurrar aos ouvidos dos Deuses
o tempo que me alcança escrito de esperança,
na expansão do meu caminho
até à raiz da vida pela sombra do destino
num jardim de rumores mudos.
Ponho um sopro de força à luz dos dias
que faço brilhar no cume da alma,
vibrando um sorriso interior que exprime
a exaltação dos cânticos sublimes do meu ser,
permanecendo a nu no sono do mar
onde semeio o céu nos meus olhos,
pra uma suprema colheita de emoções
lacradas por um selo de paz.
Entre toda esta distância
fica-me a noite no chão e o dia no luar...