Quem não se inventa não existe.

DOIS LOUCOS AMANTES

Vamos abrir
as janelas do ser quem somos,
afastar as cortinas que nos cegam os lábios.

Interromperemos
o silêncio que fala por nós
e sermos nós a falar de nós sem distâncias.

Vamos sentir as palavras
como se nunca tivessem sido ditas.

Reescrever
todos os momentos
e sermos em tudo a primeira vez
de todas aquelas vezes em que éramos eternos.

Vamos recomeçar,
aprender de novo a amar.

Vamos recordar nós.

Reencontrar nossas bocas
como quando fomos aqueles dois jovens
à procura de cada curva dos nossos corpos.

Suados de sensualidade.

Ainda lembro
como esquecíamos o mundo.

Vamos reviver
aquelas noites de hotel apaixonadas.

De infinitas conversas
que nos deram a conhecer um ao outro.

Voltar a ter no rosto
aqueles sorrisos inocentes
de quando nos conhecemos
naquele Dezembro que mudou nossas vidas.

Vamos retorcer atrás o tempo.

Ser de novo
aqueles dois loucos amantes.

Naquele inverno quente
quando me pediste o primeiro beijo.

Vamos fazer ouvir
a nossa voz na voz deste amor.

Escutarmo-nos
falando com aquela voz
da primeira vez nos apresentamos livres.

Ainda te lembras amor?

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