Quem não se inventa não existe.

EGO MORIBUNDO

Alva vadia.

Longínqua
luz néscia tão escassa
ao fundo de um túnel vasto
que me amaldiçoa fora da lei
dos sentimentos de gelo que degluto.

Agreste ódio.

Abominável
toque de gestos ocos
aos olhos de uma esperança
dissoluta por um vulcão abscôndito
na alma que endossa a dor ao silêncio.

Falso desabafo.

Paradoxal nó
na garganta afinada
numa rouquidão de amar
engasgado em consequências
frágeis de um caos que se alastra
teoria passiva que me interdiz o olhar.

Ego moribundo.

Demência
num fôlego
em sinal de alerta
viciado por desequilíbrios
fingidos em ruídos de oxalá
me engane surdamente perdido no infinito.

Cortina do eterno.

Impossível
metáfora de medo
na qual cabe o destino
num unívoco de liberdade
na fímbria rude de um estrépito
inconformadamente desculpável
diante os dias que me morrem num mar
de estranheza que em mim canta triste beleza.

Aconteço calendário.

Vingança
numa rebelião
de emoções foragidas
na violência de um basta
que convence a morte de tardia sorte.

Eu.

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