O caminho de solidão é estreito
Árduo ao cume do inóspito
O conforto é um espinho por defeito
De um véu que tapa o propósito
Se as pedras pudessem me ouvir
Os pássaros deixariam de voar
Mas largo ás pedras meu sentir
Que como elas sou incapaz de amar
Voou livre e atento até ao céu
Levitando sem saber da alma
Sentindo o que a lua escreveu
Sobre o destino na minha palma
O tempo é um tic-tac de dor
Cravando atrito no coração
Dando ás rosas mau odor
No incógnito do meu senão