Quem não se inventa não existe.

FILANTROPIA, O TÓRAX DOS SONHOS

Ruínas contíguas

rendam fogos insossos no silêncio.

 

Salivas descarnam o osso

da palavra sã que me une o corpo à mente.

 

Bonanças tempestivas

arregalam o sol com caretas de demasia carente.

 

Canções surfam ares abertos ao amor

que relaxa sôfrego numa antecâmara de musas.

 

Emoções enrolam-se

à volta do quinteto dos sentidos

em poses confusamente interlocutórias.

 

Solidões

ressuscitam poeiras assentes

nos vendavais da poesia sem pára-quedas

num abismo de visões estereotípicas na alma.

 

Esculturas de noite

amputam da insónia o tórax bizarro

dos sonhos que ao acordar são sensações analfabetas.

 

Anéis de anteontens

rugem em dedos apontados ao purgatório

das bússolas trauteáveis no pescoço nu do grito.

 

Estrelas sem brilho entrechocam lamentos.

 

Soam fúrias voltaicas

num jazz de dor que jaz

sacudires nas vozes do vento.

 

Paredes acordeonistas do tempo

afatiam momentos em foles de ausência.

 

O poema

que percorre a pé

a aldeia da inspiração,

é um serão de verso esdrúxulo.

 

Pensar é um traço de imagens

encalhadas no instinto da razão.

 

Filantropia ao longo

da coluna vertebral dos meus olhos.

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