Estendo-te a minha mão calçada de desejos
Misturados de poesia cantante numa maré-cheia
Inventada no firmamento de um poema de paixão
Que chega numa brisa sábia com voz de amor
Versejado à luz das velas pela rosa dos quatro ventos
Que nos guiam sem receio para uma dança sensual
Soltando-nos em frases loucas na linha do horizonte
Escritas por uma áurea de fogo vagabundo em nós
Por entre o entoar da volúpia de estrelas cadentes
Rubricando as noites nos nossos rostos sérios
Arrojados num semblante de quem está bem
Acendendo os candelabros que iluminam o átrio
Do espaço que ocupas bela no meu pensamento
Onde livremente seguro o teu olhar em paz
Na palma dos meus olhos que escorrem em ti
Neste alegre rodopiar entre a melodia das papoilas
Dançantes a nossos pés levitados em perfume
Com teu sorrir que beija lindo o meu instinto
De romântico incurável e amante desperto
Nas fantasias brilhantes dos teus gestos femininos
Fazendo cair a chuva em volta de nós sol
Acalentando abraços que nos fazem estremecer
Adultos libertinos de sentimentos inocentes
Num berço de sonhos embalados de mãos dadas
Ao destino que apadrinha a nossa felicidade
Deambulando por uma valsa de vontades