Quem não se inventa não existe.

GRITOGRAFIA

Gritografo
o farol do meu ser bem
aquém expectável vinco fausto
de alerta insuficientemente apressado
neste hálito animal que encaracolo poesia.

Salvo
o profundo
de um escândalo profano
açoitado por constrangimento
assumido num vórtice de apelos.

Vaio-me
riso em quedas voláteis
que me espancam nos bastidores
do terror de uma indulgência poeta.

Caminho
desordem na anarquia
das palavras que desdenham
decrepitamente meu depoimento de fogo
hipotético em ataques patéticos ao amanhã.

Faleço
insusceptível
mercadoria nas garras letais
do destino no espasmo das emoções.

Arrebito
em bolhas curtas
de verão dual em cada chuva
de Agosto no sol de inverno cadáver
no volume dos meus gritos bibliografados.

Sou artesão
de dimensões loucas
arquitectadas na pedra vil
dos meus sacrifícios sem saber.

Invertido
sofrer numa névoa
de morte a pouco e pouco
que procuro nos meus olhos
devaneados de intenso assobio
num surripio que reabre a verdade.

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