Quem não se inventa não existe.

HIPÉRBOLE

Engulo o mar
com eco salgados
nos egos dos meus olhos dormentes.

Rasgo-me
reles raspanete
de vaidade sem condescendência.

Ácida tristeza
que se abate ressaca supérflua
na crónica das rugas tresandando
a raivas que me mordem saraivas a língua.

Lamechices histéricas,
poluem-me imundície ridícula
em sequelas de escuridão numa tortura
de conta-gotas relaxando a minha tontice.

Desmistifico
o meu pensar camaleão,
sequestrando a gentalha das tramas
acomodadas num antro exuberante de ódio.

Poiso-me nefasto poema
contra-rotulado de ópio no meu cérebro.

Saro-me chorando
muros de lágrimas frias
que só o meu êxtase carente entende.

Lanço
eclipses letárgicos
em suspiros melancólicos,
agredindo-me com frívolas inspirações.

Vedo-me
decadência saudosista
de emoções tédias de outrora,
elucidadas nas lesões do meu respirar
numa mortalha de silêncio que encerra a noite.

Espectros,
sofredores sem culpa
rodeiam-me desgraça metamorfoseada
por axiomáticas sapientes de dor hipérbole.

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