Quem não se inventa não existe.

IDE FO… PRO CAR….!

Ide…

As sociedades
mascaram-se de alegria,
copiam criaturas em aventuras
e travessuras.

As cidades e aldeias,
enchem-se de estúpidas ideias.

Foliões líricos
de saltos altos ou descalços,
dão saltos satíricos por cima de vergonhas.

Orgia foliona,
cuecas sem dona no cabelo dos carecas.

É a voz das cores
que mais alto canta o samba,
suado sem saia no fio dental da loucura.

A música faz sexo
com os nossos ouvidos
no ribombar de viras e malhões,
em balões de preservativos mutantes.

Serões de fantasia,
feita pelo que desejamos ser,
neste folguedo com máscara de segredo.

Homens que querem ser mulher.

Ser pau para toda a colher.

Mulheres que querem ser homem.

Santos vestidos de lobisomem.

Diabos com asas de anjinhos em coma.

É uma folia
de orgasmos fingidos,
sisma de sismos não sentidos.

As ruas enfeitam-se
de Rainhas nuas e Reis infiéis.

Marcha o Entrudo
por entre a multidão de gargalhas dadas,
como quem abre o autoclismo aos problemas.

Por entre fitas brilhantes
e brincadeiras de mau gosto,
solta-se o rosto em verdades
que ninguém leva a mal.

É Carnaval,
inventado para espantar
os espíritos do inverno.

Sacude-se o corpo e a alma
por detrás de adereços do inferno.

Baila-se,
espalha-se o stress
em mais um muitos copos.

É Carnaval…

…a oportunidade.

De mostrar
quem somos e de que somos feitos,
escondidos nos defeitos que inventamos
para pertencer à condição que nos rodeia.

O Carnaval
é um momento de anarquia,
em que soltamos a mente da correia
que nos fundeia na maquilhagem das regras
do dia-a-dia.

O Carnaval
devia ser como o natal devia ser.

Ser todos os dias.

Ide foliar pro Carnaval
e não volteis que não vos levo a mal.


TÍTULO: “IDE FOLIAR PRO CARNAVAL”.

NINGUÉM LEVA A MAL...

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