Virando e revirando
íntimos lugares interiores,
secretos que sublinham ser teu
enquanto olhas para mim sem fôlego.
Observo
cada um dos teus movimentos singelos
neste meu olhar louco que cai em ti amante.
Tornarmo-nos predestinados
de um destino que não mente profecias,
porque te vejo por uma lupa que confessa
evidências de paixão tão luzentes quão o sol
desde que tu apareceste em mim dona de amor,
és senhora dos sorrisos das minhas horas felizes.
Inundo-te de amor verdadeiro,
continuando à espera que tu antecipes
as minhas emoções estimuladas por ti sem hesitar.
Sou oceano infinito
onde finalmente o meu lado que te ama
perde a vergonha e te chama por entre os ecos,
arrastando-se na minha tenção furtiva numa sombra.
Quando a noite
me parte o espelho
onde me revejo é porque te chamo,
olho para ti sem teres medo do meu respirar
o teu ar maravilhado pela noção de que és bela,
fazendo-me acreditar na imortalidade do teu fogo
na tocha que trago no meu peito e me acende a vida.