Traço teu retrato na alma
ao olhar o céu e pensar nas tuas palavras.
As que me fazes sentir
como o azul do céu me atrai ao seu infinito.
Sinto-as como um berço,
sinto-as como mãos de mãe que ama.
Teu dizer é o meu renascer,
o meu acontecer em ti.
Revelaste em mim o homem
que eu próprio aprisionava
em papiros de ilusão.
Escutar teu dizer é ler tua alma
como se fosse um romance.
Cada página da tua história
reveste-te de importância
no meu interpretar teu olhar.
Teus olhos são a personagem principal
de quem tu és a pessoa que amo.
És alma de espadas em punho,
corpo de cicatrizes escondido
na lágrima que não queres chorar.
Pessoa que me ensina
nadar no dilúvio de solidão
que me inunda de escombros o dia.
Mulher bonança
feita de criança cuja inocência
foi tempestade.
Teu dizer é luar de amor intenso
que me socorre do meu interior vazio.
Teu amor
é caminho de luz,
tuas mãos são liberdade
para eu ser flor no teu colo.
Data | 28-11-2010 |
De | Custódia |
Assunto | Luar de amor |
Luar de amor, título sugestivo que me leva a imaginar uma abóbada celeste banhada de luz que se derrama sobre dois corpos unidos por um sentimento que transcende o mero aspecto físico. Comunhão de corpos e de querer que se espraia em ondas do sol do amor dele em direcção à lua do amor dela, tornando-os indissoluveis na partilha desse luar de luz recebida e partilhada em dádivas, pelejas e bonanças...