Os prazeres
enchem-me por inteiro,
fazem-me ser verdadeiro
na sinceridade do meu olhar.
Ecoam
no meu profundo
o breve e o infinito,
num jardim de sentimentos
que despontam em mim esperança.
Caio em mim
caprichosamente
num coma do quanto vejo
e sinto para lá dos sonhos em que acordo.
A tentação
é o poiso dos meus momentos,
num fôlego erótico a arfar nos meus olhos.
Sinto o chão
a afastar-se por entre as nuvens
do tempo que me desgasta a luz do reflexo
do meu interior na memória da força dos ventos.
Meu corpo
dormente de qualquer razão
rodopia sob o arco-íris do meu sentir,
denunciando o pensamento das minhas intenções.
Liberto-me
na ebulição das emoções
desnudadas no meu rosto com delírio,
confissão escutada na proa do anoitecer,
onde surjo forasteiro descontente da minha grandeza.