Quem não se inventa não existe.

NASÇO DOS TEUS OLHOS

Soltas-me a lua à alma

nos dias que a ti me prendes luar.

 

És lua que me anima

quando o meu corpo é eclipse de tristeza.

 

Atiras-me o mar aos olhos

com marés de amor.

 

És ondulação que me acalma

quando a tempestade é ansiedade

que me arrasta contra as rochas do tempo.

 

Preenches as palavras

com flores quando falas de amor.

 

És musa eterna

num poema de inspiração infinita

quando o silêncio é o ruído da minha solidão.

 

Enches-me as mãos de sol

quando as tuas mãos me acariciam com ternura.

 

És emoção de uma carícia amiga

quando me sinto fraco na batalha da vida.

 

És alimento

quando o meu coração chora fomes de afecto.

 

És o cume do meu ser.

 

És água fresca

quando o amor que sinto por ti tem sede.

 

Só tu sacias a caminhada

do meu nome pelo mundo.

 

És mulher

no profundo deste corpo de homem

que vejo ao espelho ao lado de ti.

 

O meu reflexo é a tua beleza,

o meu eco é a tua natureza.

 

És a corrente do rio da minha voz

quando preciso ouvir frases de coragem.

 

É por ti que solto o grito

que me ajuda a contornar

o mais difícil dos obstáculos.

 

Nasço dos teus olhos,

teus lábios são margens de beijos

que me levam até à foz.

 

Toda tu és um mar.

Comentários

Data 03-12-2010
De Maria Carvalho
Assunto Parabens Poeta.

Que bonito o correr das palavras,tão levemente como a água e o Sol que nos aquece,lêr é um sonho,pensar é audácia,escrever é paixão!

 

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