Antes
que te esqueça
e rasgue em mil pedaços,
coloca nos meus passos
migalhas de um regresso.
Antes
que te grite em saudade
e comece o sofrimento
neste peito sem alento,
sai da distância e entra em mim.
Antes
que enlouqueça
e me entregue ao refúgio da solidão,
irrequieta-me com as tuas carícias.
Antes
dos teus beijos
à mercê dos teus desejos,
já me quedava em ti
no poente de um dia ensolarado.
Mordo os lábios
ao relembrar o teu meigo e doce olhar.
Pincelo este amor em mil e cores de amar.
Bebo esta ansiedade
num desvaire da verdade
peito adentro do teu ser em mim.
Não sentir-te
junto a mim esmiúça-me a alma,
suga-me toda a calma
num ciclone do tempo,
parado na tua ausência.
Aperta-me os ombros,
salva-me dos escombros desta ânsia,
ama-me.
Beija-me a memória
com lembranças
de como este amor nasceu.
Num tempo livre
desenhado no Céu,
ao vento das tuas palavras
que ainda hoje me cantas baixinho…
…O nosso amar é amor.
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Amar-te
é um poema de frases sem dor.
Só o silêncio
está à altura de afinar
todos os coros de luz eterna na tua beleza.
Ao beijar-te,
adensam-se sinfonias românticas.
Só as estrelas mais luzentes
sabem aplaudir o quanto és perfeita,
Equidistante
aos meus sonhos,
és o eclipse de todas as musas.
Em todas as sinopses
da minha poesia és tu o amor.
Abraçar-te,
é um devaneio de emoções.
Apenas
o Sol numa só voz
esculpe a face do destino
nos nossos olhares apaixonados.
Namorar-te,
é fantasiar em favos de mel.
Temo-nos na realidade
do sentimento mútuo de amar.
A tua presença
na minha vida é a primazia
que expande o meu sorriso pelo horizonte.
Amo-te
desde a génese da vida
lisonjeada nas tuas mãos,
até à bússola do infinito
que cata o vento de paixão
no nosso amar que é amor.
(MariaMateus & Henrique)