Quem não se inventa não existe.

O POETA É UM SER MIL

O poeta
escancara mentiras
no desperdício dos seus critérios.

Quem o lê
também mente
o quase verdade do seu fingimento
em coordenadas filosóficas.

Também sente
a sombra de cada metáfora
cobaia de sapiência.

Ser poeta é um grito
de seus céus encrespados
após o silêncio oblíquo da poesia
que fala mais alto que o ser.

O poeta sonha
fintando as palavras
desaproveitadamente mudas
pela voz guardiã da alma.

É acrescentado
de inspiração imortal
em idoneidade das debilidades
da utopia sem espaço nos mortais.

Não ser poeta
é de quem não sente
perdendo a interpretação do ser lume.

Ama lobrigando
a perturbação das letras
por encerrar o verídico significado
do sentido do seu estado interior.

Poeta é um ser
de mil seres semi-confessados
no colo de um papiro em todos os cenários
possíveis e impossíveis.

A poesia
é uma fragilização
dos extremos acautelados
numa desculpa de ser loucura
em pensamento gigante.

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