Quem não se inventa não existe.

O PÓLEN DA TUA VOZ

Convido-te na corrente de um sorriso fluente
que transita facilmente nas letras do meu olhar
entregue ao fogo que me serve de papel,
onde navegam as minhas palavras que ainda
não são voz neste vento de fascínio,
pelo teu ser no mais da vida.

Vem comigo ter as mesmas conversas
que ambos falamos no pensamento,
viver o mesmo momento no silêncio da alma.

Destapa o pólen da tua voz dentro de mim
e ficas até ao infinito das minhas palavras,
sozinhas à espera de um novo amanhecer
nas pétalas do tempo escrito
nas espigas douradas que deixas semente
no desejo de um poema sentido.

A beleza que bebo do teu corpo de mulher
é paixão num gesto de culpa crescendo
no horizonte que chama por nós,
sorvendo o universo nos braços
de uma loucura feita flor
colhida num sopro de poeta brotando
a mais bela utopia de amor.

És as vogais do luar na claridade
da minha procura das consoantes do teu corpo,
pela moldura da noite que promete voltar
para contigo passear pela luz da madrugada
ao colo de verbos infinitos que enchem
de fantasia o peito do mar.

O sombreado do imaginário
funde-se nas quimeras do teu sorriso,
germinando a eternidade
das estrelas cadentes que são lágrimas
de alegria de uma unica gota de mel,
jorrada em ti pelos olhos do sol
que se enrola insaciável nas vozes
secretas dos meus poemas.

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