Quem não se inventa não existe.

OCULTO-ME EM SILÊNCIO

Manipulo o nada
em sustos que assombram
a negligência do deixar passar o tempo.

Assumidamente.

Calo-me
esfera de reflexão sem regra
entre as paredes da inteligência.

Categoricamente.

Levo-me
alvoroço indizível
nos meios-termos dos sonhos
encapotados na realidade rolante.

Enredadamente.

O real da vida
é uma birra tolerante
que me roí a inquietante superfície do íntimo.

Poeticamente.

Foco variações repentinas,
isolando impulsos de consequências sóbrias.

Luzidiamente.

Escoam-me
ébrias indecisões
apegadas a emoções sem pulmão
para seguir para lá de algo já sem diálogo.

Encarniçadamente.

É insustentável a leveza
que procuro pé ante pé sobre éticas de amor.

Filosoficamente.

Consumo
o pensamento devorado por ânsia,
tornando-me numa bolha de sabão tonta
de um lado para o outro ao sopro de nenhures.

Oculto-me impensadamente em silêncio.

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