É permanente
a voz solta no meu escuro,
um vulto invoca o amor que desconheço.
O destino
sobre a vontade
deixa de ser intacto,
encadeando-me ao desejo que confesso.
O silêncio
é um pântano de ansiedade,
um lamaçal de paixões perdidas,
adormecidas no pesadelo da realidade
onde deambulo sonâmbulo em fantasias ardidas.
O luar mancha
de vida o meu peito,
a madrugada é timbre de que existo.
Colecciono estrelas
que iluminem meu leito,
rebolando-me sobre espinhos
e não desisto nma lágrima que aplaude
as minhas sensações nos arrepios na pele.
Indico-me o caminho
no labirinto que separa o corpo da alma.