Quem não se inventa não existe.

QUANTO MAIS SEI, MAIS SEI QUE NADA SEI

Se reunirmos tudo
quanto já aprendemos,
e compararmos com tudo quanto
o homem já descobriu,
damos conta de que sabemos muito pouco.

Atenção
que só aprender sobre algo,
não é saber esse algo.

Antes de o saber,
temos de o perceber
para depois lidarmos com ele,
isso não se aprende, descobre-se.

Cada um de nós,
descobre as coisas como todos,
mas cada um vê o ser das coisas
a seu modo de as ver.

Só o óbvio é consensual.

Mas o ser das coisas,
nem sempre é visível.

E se somarmos tudo
o que a existência já soma?

Somos uma soma de quase nada.

A subtracção do que não sabemos.

A divisão real do irreal.

A multiplicação do depois.

Resta-nos juntar
à única certeza que conhecemos, a morte.

A certeza que vamos morrer estúpidos.

Tudo quanto acabamos por aprender,
não passa de um prefácio da existência.

Um fio de cabelo numa cabeleira imensa.

Todo o resto,
é um infinito mega-incomensurável.

É megalómano
tudo quanto existe,
somente falando do conhecido.

Pois,
talvez o desconhecido
seja aprendido depois da morte.

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