É um duelo sem tréguas combater as raízes da dor
Insinuando-se abrasivas nos escombros da vida
Talhando no ego esporões de gelo sem justeza
E infiltram no espírito alternâncias sobranceiras
O abismo da mente escava-nos grutas enormes
Fazendo-nos acampar em bosques de fraqueza
Vontade de chorar não é insólita nem violenta
É deixar pousar a água lamacenta de lamentos
E deixar depositar a lama no fundo sombrio
Filtrando a água do nosso contínuo continuar
A foz é sempre um mais além do riacho triste
Onde os suspiros vão desencalhando do pântano
A vontade é um barco que bóia em coragem
E o que resta da vida por viver são remos
Que remam incansavelmente entre as correntes
Que se opõem à força da nossa fé