Amo.
Tenho
nas mãos o sol
de todas as coisas belas.
Desejo.
Tenho
nos olhos a porta
semi-aberta do infinito
que responde ao meu anseio.
Adoro.
Os oceanos
são deveras aquilo
que sou na órbita da lua
que rege as minhas marés poéticas
num florir de amor em cada meu verso.
Quero.
Ingrata
lei do destino
que me faz tão pequeno
no arranha-céus dos sentimentos
a meus pés aplausos em tudo quanto faço.
Dou-me.
Contradigo
toda a cobiça escondida
no rés-do-chão das palavras
nunca ditas nem escritas no texto
do meu olhar encalhado em recifes loucos.
Poeta.