Procuro fragrâncias que desconheço
Para escape ao profundo do ódio
Nas interrogações das noites
Em desejos que são cócegas excitantes
Que não passam de uma estátua cinzenta
Um original escuro mal copiado da luz
De um sentimento falido e ingrato
Que me leva a sentir a rotura
Na falta de confiança em tudo
Sonhar preenche-me a roseira da vida
Decorando os espinhos de esperança
Encurralado entre o verdadeiro e o falso
Sigo um propósito que não me confirma
Nem desmente os detalhes do meu querer
Não tenho o luxo da paz nesta solidão
Que não me assusta mas é sempre triste
O ser humano é concebido para viver a dois
Assim tão só divido-me entre o ser e não ser